Publicado: dic 15, 2011

Do discurso sobre a natureza e a natureza do discurso: um estudo de caso sobre a gestão das águas

Contenido principal del artículo

Rodrigo de Freitas Espinoza
Rodrigo Contante Martins

O debate sobre a problemática ambiental iniciouse de maneira mais significativa por volta de 1960. A comunidade científica, neste período, assumiu um papel importante para o afloramento deste tema. Esta questão se firma no cenário da política internacional quando são realizadas conferências internacionais sobre o meio ambiente (Estocolmo 1972, Rio 1992 e Johanesburgo 2002) com o objetivo de se pensar alternativas sustentáveis para os padrões de consumo e de produção da sociedade moderna. De acordo com Martins (2008), um dos fatores que contribuem para a consolidação da temática ambiental é sua associação com a racionalidade econômica e com o conhecimento técnico-científico. Este processo promoveu uma conveniente similaridade desta questão com as variáveis econômicas que já compunham as mesas de decisões políticas. À medida que a questão ambiental passa a ser incorporada pelas instâncias de governo, ela adquire uma nova forma de desenvolvimento e organicidade. Contudo, a maneira como este tema foi sendo incorporado no campo das decisões políticas é passível de interpretações críticas, principalmente com relação aos limites dos princípios econômicos neoclássicos como forma de norteamento para as políticas sócioambientais (Martins, 2004; Leff, 2006).

Palabras clave:
sociedade e recursos hídricos, governança ambiental, sociologia ambiental.
Bourdieu, P. 1996. A economia das trocas lingüísticas: o que falar quer dizer. São Paulo: Edusp.

________. 2007. O poder simbólico. 10 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.

________. 2007. Meditações Pascalianas. 2a Ed. Rio de Janeiro: Bernand Brasil.

Foucault, M. 2008. A ordem do discurso: a aula inaugural no College de France. Pronunciada em 2 de Dezembro de 1970. 18 ed. São Paulo: Edições Loyola.

_______. 1992. As palavras e as coisas. 6a ed. São Paulo: Martins Fontes.

________. 2006. O nascimento da clínica. 6a ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária.

________. 2008. A arqueologia do saber. 7a ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária.

Jacobi, P. R; Monteiro, F. 2009. “Capital social e desempenho institucional na Bacia do Alto Tietê: resultados de pesquisa”. In: Jacobi, P. R. (org). Atores e processos na governança da água no Estado de São Paulo. São Paulo: Annablume, 35-60.

Leff, E. 2009. “Cálculo econômico, políticas ambientais e planificação do desenvolvimento – a difícil valorização do ambiente”. In: Jacobi, P. R. Ecologia, capital e cultura: a territorialização da racionalidade ambiental. Petrópolis: Vozes, 170-204.

________. 2006. “A construção da racionalidade ambiental”. In: Jacobi, P. R. Racionalidade ambiental. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 221-266.

________. 2006. “Ecologia política e saber ambiental”. In: Jacobi, P. R. Racionalidade ambiental. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 277-335.

Martins, R. C. agosto de 2008. Poder e legitimidade nos enunciados ambientais contemporâneos. Oficina do CES (Universidade de Coimbra), 312.

________. 2004. A construção social do valor econômico da água: estudo sociológico sobre agricultura, ruralidade e valoração ambiental no estado de São Paulo.

Tese de doutorado. São Paulo, Universidade de São Paulo. Santos, B. S. 2002. “Os modos de produção do poder, do direito e do senso comum”. In: A crítica da razão indolente: contra o desperdício da experiência. 4a ed. São Paulo: Cortez, 261-328.

________. 1995. Pela mão de Alice: o social e o político na pós-modernidade. São Paulo: Cortez Editora.

________. 2009. Um discurso sobre as ciências. 6a Ed. São Paulo: Cortez.
de Freitas Espinoza, R., y Contante Martins, R. (2011). Do discurso sobre a natureza e a natureza do discurso: um estudo de caso sobre a gestão das águas. Nova et Vetera, 20(64), 93–102. https://doi.org/10.22431/25005103.171

Dimensions

PlumX

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Visitas

134